- Acorda seu cavalo, atrasado outra vez?
- Cala boca sua porca, me deixa dormir! – Resmungou ele.
E ao meio dia em ponto as crianças chegaram da escola.
- Lúcifer, tira a mão do fogo! – Alertou ela o menino que antes era o pequeno Lúcio. Apenas Dorinha continuava com a mesma carinha de anjo.
- Queridinha, pirulito na hora do almoço?
- Cala essa boca sua vaca! – Respondeu a linda Dorinha para a madrasta.
Lili agora era Elisionor e Doakstein. Os dias eram de chuva e trovões. O local agora era de risco, pois havia perigo de deslizamento. Montmar na verdade era à beira de um sinuoso rio. As flores secaram, revelando o chão que não era chão, mas um enorme cemitério abandonado e escuro. O chalé parecera encolher com tanta umidade. Mesmo casado ele ainda era desquitado. Mesmo casada ela ainda parecia nunca ter namorado. Na verdade o pequeno detalhe é que eles não transavam. Filhos mesmo não tiveram. O registro de casamento virou guardanapo e as fotos de namoro lenha na lareira. Ele era bruto e sujo. Ela depressiva e recheada. Ele mecânico. Ela cabeleireira. Quando pensaram em separação a vida já era um inferno. Ela nunca deveria ter conhecido alguém. Ele? Realmente não interessa!
- Me diz meu Deus! Pra que é que nasce a pessoa?
3 comentários:
oww tu me fez ler essa droga, de vida dificil ja basta a minha q ta... tanta prova tanta prova...
eu realmente adoro ler essas coisas. me fazem pensar na fragilidade que é permanecer viva.
É preciso parar pra pensar que tudo é uma questão de visão, e separar uma ilusão de uma simples tentativa de ver as coisas melhor, pois, as vezes só ver as coisas melhor(mesmo sem tá) faz com que elas melhorem!
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