sábado, 8 de janeiro de 2011

Metas...2011

Todo mundo faz uma listinha das coisas que deseja realizar no começo do ano, faz projetos, promessas e por aí vai... neah?! Pois é, eu não sou diferente (hehehe), então resolvi desabafar com vocês só algumas vontades para #2011; só algumas, porque eu tenho muitas...


Criar vergonha na cara, deixar de ser "cara de pau" (hahaha), esquecer as coisas do passado, ser uma pessoa mais organizada e quem sabe até menos sensata.





Deixar essa minha vida sedentária e voltar a frequentar academia.


Viajarisso já esta  programado. Esse ano eu pretendo ir não só pro Rock in Rio, como pretendo voltar em búzios e fazer outras pequenas cidades...  hahaha.


Ter mais tempo para as Amigas, amo muito passar o tempo a com as girls mas confesso que quase não fiz isso em 2010 e também fui uma má amiga. Tô sentindo falta de vocêis amores!!


Estudar mais e ler mais livros... Eu me faço essa promessa desde que me conheço por gente (hehehe). Adoro ler mas confesso que eu assisti mais TV do que li bons livros em 2010. 

Guardar Dim Dim, outra coisa dificil na minha vida hahaha. Mas vou tentar economizar mais, gastar menos e investir mais. Preciso de habilitação gentemmmmm, num guento mais depender do carro papis e da mamis hehehe.






domingo, 2 de janeiro de 2011

Como morrer?

Ela foi ao hospital com a amiga. Foi só para acompanhar. Ela realmente era uma grande amiga. Morria de medo de hospital. Ambas. A amiga era casada. Parecia feliz. Tinha até filhos. Filhos de sangue. Quase ninguém acreditava, mas eram dela sim. A vida da amiga era uma vida comum, simples... sinceramente, era uma vida bem medíocre mesmo. A própria amiga confessou-lhe isso várias vezes. Mesmo com tanto para se fazer e pensar ainda havia espaço para a solidão. Pelo menos era isso que a amiga achava que sentia quando o coração apertava e o ar lhe faltava. No meio de tantas panelas, temperos, roupas, cômodos, casas, ruas, carros, prédios, lojas.. tudo tudo parecia tão sem cor... Certa vez a amiga e ela, sim, ambas, foram até ao oftalmologista. Compraram óculos da moda e tudo, mas não puderam usar por muito tempo, pois se sentiam tontas, tinham até vertigem. Mesmo através das grossas lentes tudo ainda continuava sem cor. Ela não disse nada sobre isso para a amiga. Nem a amiga disse nada para ela. Não era preciso dizer. Pois mesmo em silêncio elas sabiam.
E foi lá no hospital que as coisas começaram a ser sentidas por um outro ponte de vista. A amiga deitada na maca sentiu seu fígado inchar, inchar, inchar... E foi numa fisgada profunda, que lhe tocou a alma, que ela soltou:
- Aí doutor, me dá uma dica para eu morrer logo! Gritou ela com lágrimas nos olhos. A frase ecoou pelos corredores do hospital. Silêncio total. Todos entenderam o suplício!
A dor continuou muito forte e persistiu por toda à noite. E houve o amanhecer, o breve amanhecer. Como jamais visto antes. E olha que estava sem óculos; ambas. Cansada e já sem fôlego, disse a amiga para ela:
- Diz lá em casa que eu os amo... Em mim só há espaço... Deixei o carnê da prestação da máquina de lavar debaixo da santinha no altar... não tenho mais tempo! Acho que eu vou... aí! (...) E nos primeiros raios do sol a amiga melhorou completamente como que por um milagre. Levantou-se e até andou. Ela achou que era apenas uma melhora, daquelas que dizem que dá no paciente antes de morrer definitivamente. Sim, antes de morrer definitivamente. Mas a melhora persistiu até o meio dia. Foi liberada e tudo mais, mas antes fez questão de filar o rango esverdeado do hospital. De barriga cheia e sem dor no fígado voltou para casa, ambas.
A amiga disse para ela que viu naquelas horas de terror a lança pontiaguda da morte no seu fígado. E foi assim que a amiga encheu-se de cor, perfume e brilho. A partir daí Ela não reconheceu mais a amiga e não conversaram mais como antes. E o silêncio? Agora era apenas silêncio. Apenas para uma. E Ela? Ela espera terrivelmente por uma dica para morrer.